14.12.09

12.12.2009

Não o considero um mero acaso. Considero que já estava previsto, visto que cada vez que ia ao Fórum ia com esperanças de te encontrar...Aliás, cada vez que saia de casa ia com essa esperança, todo este tempo, até este dia foi uma maratona de buscas, esperanças, e cegueira. Sim cegueira, ceguei ao não ver completamente o que tinha a frente, e que não posso mesmo deixar passar. Quando te vi no Sábado, foi como se paraliza-se e ligasse o motor automático, que primeiro fez com que ficasse baralhada e nervosa, completamente desnorteada, sem saber o que fazer. Muitas foram as hesitações, até voltas a mesa eu dei para ter a certeza que eras tu. Decidi ir, e cumprimentar a única pessoa presente naquele momento que tem estado comigo para tudo, e que me ajudou a suavizar as memórias deste verão tão lamentávelmente doloroso, que todos os dias me pressegue e corroí a consciência. Fui, cumprimentei-o virando-te as costas após uma grande troca de olhares entre nós, até que me é lançado ao ar a pergunta "Já não conheces o Gonçalo, Mariana?". Respeito a tua amizade, mas odeio-te pelo que me fizeste passar, todas aquelas noites em branco passadas com uma única palavra: dor. Sim, nesse momento quem me dera nunca te ter conhecido, poupavas-me tanto sofrimento. Mas não consegui, a saudade era enorme. Mal olhámos um para o outro, abracei-te sem pensar duas vezes, senti-me aliviada, mas senti-te estranho, não tenho a certeza do que possa ser, pois só tu sabes o que te vai na mente.
Senti-me constrangida, magoada, diferente para ser mais concreta. Fiquei carente o resto da noite, mas sei que não estou arrependida, o arrependimento foi absolutamente um dos únicos sentimentos que não me passou pela cabeça. Tenho consciência que o João me faz feliz, e que ele é o único que eu quero agora.

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